quinta-feira, 7 de julho de 2011

Tuberculose

                  A BCG é uma vacina viva atenuada, derivada da micobactéria Mycobacterium bovis após esta ser desprovida de virulência por sucessivas passagens em meio de cultura. A preparação inicial da BCG, feita por Calmette e Guérin em 1921, foi amplamente distribuída pelo mundo e, embora os princípios básicos da sua concepção sejam os mesmos, existem grandes variações nos métodos de fabrico e condições de cultura entre as bcg's disponíveis no mercado actual.
Na maioria dos países europeus, as crianças são vacinadas à nascença com BCG e, em meio urbano, as taxas de cobertura vacinal são em geral elevadas (>80%). A vacina não evita a infecção com o bacilo da tuberculose humana, Mycobacterium tuberculosis, mas ajuda o vacinado a retardar a proliferação das micobactérias a partir do local de primo-infecção. A vacina reduz a letalidade por formas sistémicas de tuberculose, mas a eficácia da sua protecção contra a tuberculose pulmonar é controversa. As experiências de campo feitas com a BCG em condições controladas, por todo o mundo, conduziram a resultados muito díspares sobre a sua eficácia, a qual aparenta ser relativamente elevada (80%) nos países de latitudes elevadas e baixa perto dos trópicos. Vários autores têm atribuído esta disparidade à presença de micobactérias ambientais nas zonas tropicais. Se a BCG não conferir maior protecção do que a imunidade cruzada contra M. tuberculosis, já existente nas populações destas zonas, a eficácia da BCG pode aparentar ser muito baixa ou mesmo nula. O problema, contudo, é mais complexo, uma vez que é necessário explicar a elevada prevalência de tuberculose precisamente nas zonas tropicais. Sobre o assunto, ver.
                                     

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